quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

De El Bolsón a Uspallata (San Martin de los Andes, Villa Pehuenia)

Dia 26 de janeiro, quinta-feira - 50 anos da Débora!!
Parabéns no café da manhã. Saímos cedo, fomos ao mirador do Rio Azul, pertinho do centro e muito bonito. Na mesma estrada, conhecemos a atração "Cabeça del índio", que não compensou a caminhada na pequena trilha, pois é apenas uma rocha com formato que lembra um perfil humano, nada de mais. Seguimos por uma estrada indicada para ver chácaras de plantação de frutas, mas vimos apenas uma ou duas bonitas plantações e, por ser cedo, não havia vendinhas junto à estrada como esperávamos. A viagem partiu para Bariloche, onde nem paramos. Depois passamos por Villa La Angostura (super movimentada, bonita, turística), onde abastecemos e comemos os sanduíches que havíamos preparado, fazendo um piquenique numa praça. Seguimos pela bonita "Ruta de los siete lagos" até San Martín de los Andes. Chegada com a bela vista do lago Lácar e a cidade ao pé da montanha. A casa alugada pelo Booking revelou-se uma mansão para 10 pessoas! Foi um pit stop da poeira e indiadas a pedido da aniversariante. Tvs em todas as peças, lareira, cozinha toda equipada, até banheira de hidromassagem e piscina térmica no condomínio (que foi usada pelas mulheres do grupo, que acharam a água quente demais). O Ricardo foi de bici ao centro de informações. A variação térmica é muito grande, num dia como hoje, dos 12 aos 31 graus. Janta num restaurante com entrada de uma Tabla Regional (petiscos variados, incluindo carne de javali, cerdo e truta defumada) e cervejas Patagonia.



Dia 27 de janeiro, sexta-feira
O café da manhã foi trazido na casa (bandeja com leite, café, chás, manteiga, doce de leite, geleias, pão tostado e deliciosos croissants). Desocupamos a casa às 11h, fomos caminhar na beira do lago. Foi necessário consertar duas câmaras furadas da bici do Artur, depois do furo achado, causado por um pequeno metal que estava encravado no pneu, já fizeram o conserto ali na beira do lago mesmo. San Martín é uma cidade perfeita para pedalar, muito plana, ruas e calçadas largas, trânsito lento, tranquilo. O Artur disse que havíamos entrado na Suíça, tal a organização, limpeza, paisagismo do lugar. As rosas são o destaque - de todas as cores e tamanhos, algumas enormes, mas há flores lindas de vários tipos, lavandas, praças muito bem cuidadas. A maioria das casas é estilo chalé chique. Depois fomos ao Cerro Chapelco, estação de esqui que no verão promove diversas outras atividades como tobogãs, tirolesa, arco e flecha, moutain bike etc. De lá, o Artur, Ricardo, Bruna e Cascata desceram de bicicleta por uma trilha alternativa, segundo eles muito legal, cortando pequenas propriedades rurais. Os esperamos novamente no Lago, junto à cidade. Comemos enormes sanduíches de vazio (maravilha essa Argentina!) numa praça. Saímos pela ruta 40 para norte. A paisagem mudou drasticamente perto de Junin de los Andes, onde estava acontecendo a Expo Rural - exposição de cavalos patagônicos. Campos, savanas, montanhas amareladas, pouco verde. De repente acabou o asfalto - foram uns 120km de estrada de chão, em zigue zague, a maioria do tempo acompanhando o pequeno e transparente rio Aluminé, no qual se pratica a pesca e o rafting. Diferentes paisagens, pequenos vales verdes, ciprestes com casinhas em pequenas fazendas, muita poeira novamente. Pelas 20h, depois de começarmos a ver as primeiras araucárias, chegamos na localidade de Villa Pehuenia, no Hostel Andino (um quarto com dois triliches, sendo que os meninos ficaram em outro, igual, mas compartilhado com outros turistas. O destino havia sido escolhido para dormirmos uma noite e seguir ao norte amanhã. A Claudia, dona do hostel, preparou janta para nós, pois não estávamos a fim de sair para comer ou comprar mantimentos. O Gabriel e o Cascata jogaram bilhar com uns rapazes que estavam hospedados também. No hostel há uma cozinha super equipada, nos impressionou que uma das hóspedes preparou muito rapidinho duas pizzas e dois grandes pães recheados, lindíssimos! O hostel tem vista para o lago Aluminé. Vimos fotos do lugar no inverno, que fica coberto de neve.


Dia 28 de janeiro, sábado
Saímos sem tomar café e direto ao parque do vulcão Batea Mahuida, que fica bem pertinho do hostel. A entrada do parque, que é em propriedade dos indígenas mapuche, custa 30 pesos por pessoa. Existem dois miradores basicamente, o da cratera, ao qual se chega por uma caminhada de uma meia hora e de onde se avista uma lagoa bem em cima do vulcão e o mirador das antenas. Estávamos a 5km do Chile e a vista panorâmica, lá de cima do vulcão, permite avistar os vulcões Villarica, Llaima e Tolhuac (estes no Chile) e o Lanín (na Argentina) além dos lagos Aluminé, Moquehue e Icalma (este no Chile). O dia estava lindo, limpíssimo e sem vento, muito próprio para se aproveitar a impressionante paisagem na Cordilheira. Voltamos à Villa onde comemos sanduíches de miga maravilhosos e baratos, com sucos de framboesa ou pêssego com laranja, tudo muito bom. Também tivemos que retornar ao Hostel para acertar o pagamento, pois a Cláudia havia se enganado nos cálculos e nos cobrou a menos. A viagem que se seguiu acabou sendo a mais cansativa desta expedição, desde Villa Pehuenia até Malargüe, foram uns 700km, a maioria, ou quase metade desta distância, em estradas de rípio, muito poeirentas. Passamos por Pino Hachado (onde vimos a fronteira com o Chile e uma fila de carros na aduana), Las Lajas, Chos Malal, Bardas Blancas .....cruzamos por desertos, longos trechos sem ver vivalma, sem animais (muito eventualmente algumas cabras), nem passar carros, nem povoados, muito menos postos de combustível ou locais de alimentação. Ainda bem que havíamos nos alimentado, tínhamos biscoitos e barrinhas de cereais, água e bastante diesel no tanque. A ruta 40 nesta região foi ainda mais deserta que no extremo sul, quando fizemos há 5 anos. Muitas paisagens lindas, formatos e cores de montanhas e do céu à tardinha. A cidade de Malargüe é ponto de chegada para quem vai a Las Leñas esquiar e também tem outras atrações de esportes e aventura na natureza, então, tem boa rede hoteleira. É uma cidade grande, agradável. Ficamos no Hotel de Turismo, que aceitava cartão (isso sempre era importante), tinha wifi, café da manhã e garagem. Antiguinho, mas bem cuidado e reformado, em frente à praça. Depois da janta, no próprio hotel, alguns ainda foram tomar helados (que são bons e baratos em todos os lugares e normalmente em lojas que também oferecem seu próprio chocolate artesanal), com sabores de pomelo, kinoto (laranjinha kinkan) com whisky, várias versões de doce de leite (sempre maravilhoso), limão com frutos do bosque e outras interessantes.



Nenhum comentário:

Postar um comentário